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BlackRock e gigantes de Wall Street entram no mercado de criptomoedas descentralizadas: será o fim da festa?

by dave
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BlackRock e gigantes de Wall Street entram no setor de criptomoedas descentralizadas: eles vão estragar a festa?

Finanças tradicionais encontram finanças descentralizadas

Recentemente, grandes empresas de Wall Street, como BlackRock e Fidelity, começaram a se envolver no setor de criptomoedas descentralizadas. Muitas pessoas na comunidade de criptomoedas estão preocupadas que esses gigantes financeiros possam arruinar a ideia de descentralizar as finanças. Larry Fink, cofundador e CEO da BlackRock, demonstrou forte apoio às criptomoedas. Em uma entrevista recente, ele disse que o Bitcoin é legítimo e acredita que as criptomoedas deveriam fazer parte da carteira de um investidor médio.

O que são finanças descentralizadas (DeFi)?

As finanças descentralizadas, ou DeFi, são uma parte do mundo das criptomoedas que visa criar um sistema financeiro aberto e sem fronteiras. Esse sistema opera sem depender de finanças tradicionais ou intermediários centralizados, como bancos. O objetivo principal é limitar o poder dessas instituições centralizadas e fornecer serviços financeiros para bilhões de pessoas não bancarizadas em todo o mundo.

Instituições financeiras entram no espaço criptográfico

Instituições financeiras como a BlackRock agora entraram no espaço criptográfico. Depois de obter a aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC) para ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, o grupo iShares da BlackRock lançou o iShares Bitcoin Trust (IBIT) no início deste ano. Este é o maior fundo negociado em bolsa de Bitcoin à vista, detendo mais de US$ 18 bilhões em ativos. A BlackRock também planeja lançar um ETF da Ether em um futuro próximo.

Opiniões sobre DeFi e finanças tradicionais

Noelle Acheson, especialista em criptomoedas e autora do boletim informativo “Crypto is Macro Now”, acredita que o ecossistema blockchain continuará a crescer, independentemente da participação ou não de grandes instituições. Ela afirma que “a BlackRock e a Fidelity não controlam o desenvolvimento de serviços descentralizados; em vez disso, os complementam”. Isso significa que, embora essas grandes empresas estejam envolvidas, elas não têm controle total sobre o mundo das finanças descentralizadas.

A necessidade de alguma centralização em DeFi

Embora as criptomoedas sejam descentralizadas, elas ainda dependem de certos aspectos centralizados, como exchanges de criptomoedas, principais participantes da mineração e desenvolvedores principais que geralmente têm controle sobre o software. Este sistema financeiro tradicional é necessário para o desenvolvimento de criptomoedas e ecossistemas blockchain. Por exemplo, o fundo BUIDL da BlackRock, lançado em março, tokeniza ativos como dinheiro, dívidas de curto prazo e títulos na rede blockchain Ethereum. Esse processo aumenta a transparência e a liquidez e mostra como as finanças tradicionais e o blockchain estão se fundindo.

Preocupações sobre a centralização do Bitcoin

Peko Wan, co-CEO da plataforma blockchain Pundi X, está preocupado com uma questão diferente. Ela acredita que descentralizar as finanças não significa necessariamente descentralizar a propriedade. O iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, o maior fundo negociado em bolsa de Bitcoin à vista, detém mais de US$ 18 bilhões em ativos. Da mesma forma, a MicroStrategy de Michael Saylor detém 1% do total de Bitcoins em circulação.

Wan afirma que, se uma grande quantidade de Bitcoins for mantida por certas organizações, as pessoas não sabem o que essas organizações farão com suas participações. Ela acrescentou que esse é um medo comum, pois 70% dos ativos mundiais são, na verdade, detidos por talvez 5% da população. Embora as criptomoedas sejam baseadas em uma rede descentralizada, quem detém as criptomoedas está se tornando centralizado. “Se o Bitcoin se tornar muito centralizado por causa de quem o detém, as pessoas podem perder a confiança nisso”, disse ela.

O futuro do dinheiro

O modelo financeiro agora é uma mistura de centralização e descentralização, em vez de apenas um ou outro. A DeFi trouxe algumas mudanças revolucionárias, mas também passou por vários contratempos. Para reconstruir a confiança no sistema, um modelo híbrido está se tornando mais popular. É importante considerar o propósito original das finanças descentralizadas e se elas estão realmente atendendo às necessidades da população não bancarizada.

Conclusão

No momento da redação deste artigo, o Bitcoin estava sendo negociado a US$ 66.320, alta de 4,2% nas últimas 24 horas. O envolvimento de gigantes financeiros como BlackRock e Fidelity na indústria de criptomoedas descentralizadas é ao mesmo tempo empolgante e preocupante. Embora seja promissor ver as criptomoedas ganhando aceitação geral, existe um medo real de que esses grandes participantes possam prejudicar a ideia central de descentralizar as finanças. À medida que as finanças tradicionais se fundem com as finanças descentralizadas, o futuro do dinheiro parece uma mistura de ambos os mundos, com o objetivo de beneficiar a todos, especialmente os não bancarizados.

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